segunda-feira, 16 de abril de 2012

Romantismo - as questões serão feitas na sala de aula 19/04/2012

ROMANTISMO

01. (FUVEST) Assinale a alternativa que só contém características românticas:

A)Fusionismo – dualismo – sentido dilemático da vida – oposições, paradoxos e antítese – metaforização.
B)Simplicidade – bucolismo – pastoralismo – relacionalismo – “poesia de gramática”
C)Sentimentalismo – valorização da natureza – religiosidade – egocentrismo – miscigenação dos gêneros literários – metaforização.
D)Formalismo – temas greco-latinos e patrióticos – preferências pelas formas fixas e versos alexandrinos – impassibilidade – denotação – descritivismo.
E)Musicalidade – sinestesia – sugestão – não-separação de sujeito e objeto – metaforização – fusão de concreto + abstrato.

02. (PUC-RJ) Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde às características do Romantismo:

A)Ocorre a superação das normas literárias construtoras e negação da concepção tradicional de poesia.
B)Movimento que dá origem a políticas conservadoras, bem como ao nacionalismo.
C)O homem manipula e domina a natureza, não mais a obedece.
D)Desvaloriza a expressividade da alma, ocorrendo a primazia da obra (objeto) sobre o indivíduo (criador).
E)Insere-se no momento histórico em que o homem adquire a ideia de liberdade.

03. (ITA-SP) Assinale a alternativa que caracteriza o Romantismo:

A)Valorização do eu. O assunto passa a ser manifestado a partir do artista, que traz à tona o seu mundo interior, com plena liberdade.
B)Literatura multifacetada: valorização da palavra e do ritmo: temática humana e universal.
C)Literatura intrinsecamente brasileira; linguagem direta, coloquial, regras gramaticais, imagens diretas; inspiradas a partir da burguesia da civilização industrial, da máquina e do cientificismo.
D)Literatura que busca inspiração no subconsciente, nas regiões inexploradas da alma: para isso, usa meios indiretos a fim de sugerir ou representar as sensações; funde figura, música e cor.
E)Literatura que visa à perfeição da forma, à objetividade, ao equilíbrio, à perfeição absoluta da linguagem; prefere os temas novos e exóticos.

04. (UFU-MG) Existem diferenças básicas entre a paisagem retratada pelos árcades e a paisagem retratada pelos românticos. Escolha a alternativa correta que define essas duas paisagens:

A)A paisagem romântica é amena e monótona e a paisagem árcade é sempre graciosa e fulgurante.
B)A paisagem árcade é bucólica e a paisagem romântica é ainda mais bucólica, devido aos exageros do eu lírico.
C)A paisagem romântica reflete os sentimentos do eu lírico, enquanto a paisagem árcade é harmoniosa.
D)A paisagem árcade é mais visual enquanto a paisagem romântica só é perceptível através da leitura.
E)A paisagem romântica é rebuscada e emotiva enquanto a paisagem árcade reflete os sentimentos de um eu lírico impassível e objetivo.

05. (CESGRANRIO/2007) Assinale a opção em que todos os elementos caracterizam a poesia romântica brasileira, respectivamente, em suas três gerações ou fases:

A)Nacionalismo, autocompaixão, ambiência lúgubre.
B)Indianismo, melancolia, preocupação social.
C)Preocupação formal, subjetivismo, morbidez acentuada.
D)Imaginação criadora, engajamento político, inspiração clássica.
E)Natureza, pessimismo, cientificismo.

06. (UERS/2008) Considere as seguintes afirmações sobre a poesia romântica brasileira.

I.A poesia romântica brasileira é inaugurada com um forte apelo nacionalista. O índio, elemento primitivo de nossa cultura, será o substituto nacional para o cavaleiro medieval europeu, que, no Velho Mundo, exerceu no Romantismo a função de exemplo do típico libertino e devasso.
II.A natureza brasileira encontra um lugar privilegiado no momento romântico de nossas letras. Seu exotismo e sua fartura estão presentes em inúmeras obras românticas: os autores desse período procuraram valorizar as cores nacionais, tudo o que era típico do Brasil: a natureza, o nativo, o pitoresco, ou seja, aquilo que era gracioso e original.
III.Tradicionalmente são apontadas três gerações de escritores românticos de poesia. A primeira geração é a nacionalista, indianista e religiosa. Nela se destacam os poetas Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães. A segunda geração é marcada pelo “mal-do-século” apresenta o egocentrismo exacerbado, o pessimismo, o satanismo e a atração pela morte. Seus principais representantes são os poetas Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire. A terceira geração é formada pelo grupo condoreiro e desenvolve uma poesia de cunho político e social. A maior expressão desse grupo é Castro Alves.

Quais estão corretas?

A)Apenas I.
B)Apenas I e II.
C)Apenas II e III.
D)Apenas I e III.
E)I, II e III.

07. (UESPI/20008) Representante máximo do ultra-romantismo, Álvares de Azevedo escreveu não só poemas, mas também teatro e prosa narrativa – é o caso de Noite na Taverna. Sobre esse livro e seu autor, assinale a alternativa correta.

A)Trata-se de um romance em que o protagonista é um típico herói romântico, sentimental e melancólico.
B)Essa prosa é toda construída num clima de sonho e de delírio, ressaltando-se a dimensão fantástica tão cara aos byronianos.
C)Como era próprio à arte romântica, os personagens dessa obra expressam a crença nos valores sociais, morais e religiosos, alicerces de uma cultura civilizada.
D)Todos os personagens perseguem o amor sensual e o gozo físico, constituindo essa ação o motor do enredo em Noite na Taverna, cujo desfecho aponta para a satisfação de todos os rapazes da história.
E)Pelo estilo de crônica que assume a prosa em Noite na Taverna, pode-se classificá-la como pré-realista, como foram os romances Senhora, de Alencar, e Memórias de um Sargento de Milícias, de Almeida.

08. (UFRS) Considere as seguintes afirmações:

I.Pode-se afirmar que o romantismo brasileiro foi a manifestação artística que mais bem expressou o sentimento nacionalista desenvolvido com a independência do país.
II.Os romancistas românticos, preocupados com a formação de uma literatura que expressasse a cor local, criaram romances considerados regionais, mais pela temática do que pela linguagem.
III.A tendência indianismo do romantismo brasileiro tinha como objetivo a desmistificação do papel do índio na história do Brasil desde a colonização.

Quais estão corretas?

A)Apenas I
B)Apenas II
C)Apenas I e II
D)Apenas I e III
E)I, II e III

09. (ESPCEX)

“O incêndio – leão ruivo, ensanguentado,
A juba, a crina atira desgrenhado
Aos pampeiros dos céus!...
Travou-se o pugilato... e o cedro tomba...
Queimado..., retorcendo na hecatomba
Os braços para Deus.
A queimada! A queimada é uma fornalha!
A irara – pula o tapir!
... E às vezes sobre o cume de um rochedo
A corsa e o tigre – náufragos do medo –
Vão trêmulos se unir!”

Esse fragmento de poema apresenta características literárias da poesia:
A)Romântica condoreira, pela humanização da natureza, incontinência verbal, e pela presença de hipérboles e metáforas, com imagens grandiosas.
B)Ultrarromântica, pelo tom suave e melancólico com que descreve a destruição da natureza, descambando para o medo, o pessimismo e a melancolia.
C)Barroca, pelo jogo de metáforas, encadeadas através de antíteses e paradoxos, retratando conflito, dúvida, incerteza, ódio e religiosidade.
D)Arcádica, pelo descritivismo, pela objetividade, ausência de emoção, e pela identificação entre sentimentos do poeta e a natureza.
E)Da primeira fase romântica brasileira, quando se une a exaltação da natureza, sentimentalismo e religiosidade, através de uma linguagem acessível, conforme a simplicidade do tema.

10. (UEL-PR/2006)

“Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
treme a tua alma, como a lira ao vento,
das teclas de teu seio que harmonias,
que escalas de suspiros, bebo atento;”(...)


A franqueza com que Castro Alves exprime seus desejos em relação à mulher amada, como acima se vê, permite afirmar que:

A)O seu sentimentalismo amoroso é adulto, no sentido de que percorre a gama completa da carne e do espírito.
B)Seus poemas falam de amores não realizados, na medida em que a mulher é idealizada ao extremo.
C)O tédio existencial da segunda geração romântica, de que é típico representante, explica a sua concepção do amor aliado à morte.
D)A plenitude amorosa não é seu objetivo, pois preocupam-no unicamente problemas sociais.
E)O ressentimento que envolve seu espírito impregna de aspectos negativos tudo o que o rodeia, inclusive a mulher.

11. (PUC-RS) Dentro do Romantismo brasileiro, o regionalismo foi um tema que representou o golpe mais vigoroso desferido contra a literatura de modelos portugueses.

Aponte a alternativa em que todos os autores tiveram ligação com este tema romântico:

A)Visconde de Taunay / Bernardo Guimarães / José de Alencar
B)José de Alencar / Joaquim Manoel de Macedo / Manoel Antônio de Almeida
C)Franklin Távora / Visconde de Taunay / Álvares de Azevedo
D)Gonçalves Dias / Bernardo Guimarães / Joaquim Manoel de Macedo
E)Martins Pena / Casimiro de Abreu / Fagundes Varela

12. (ESPCEX)

I-Martins Pena foi, no teatro romântico brasileiro, o nosso primeiro autor popular, escrevendo comédias de costumes.
II-Manuel Antônio de Almeida é um autor de destaque do Romantismo brasileiro, por ter caracterizado muito bem o herói romântico, verdadeiro modelo de virtudes.
III-Júlio Diniz é um dos mais importantes autores do Romantismo português, explorando essencialmente a linha do romance histórico.
IV-Franklin Távora, dentro do Romantismo brasileiro, enquadra-se na linha regionalista, ambientando sua obra no Nordeste.

Em relação às afirmações acima, estão corretas:

A)I e II
B)II e III
C)III e IV
D)I e IV
E)I, II e III

13. (UFPE/2004) Indique a alternativa INCORRETA:

A)Alexandre Herculano, autor da primeira geração romântica, escreveu romances históricos ambientados na Idade Média.
B)Almeida Garrett iniciou o Romantismo português com a publicação do poema Camões.
C)A ação da peça Frei Luís de Sousa aproveita o filão temático do sebastianismo, desenvolvido após a batalha de Alcácer-Quibir (1578).
D)A extensa obra novelística de Camilo Castelo Branco pertence, sobretudo, à segunda geração romântica, mas, evoluindo no tempo, adere aos modos da terceira geração e até do Realismo.
E)As obras de Júlio Dinis, sobretudo As pupilas do senhor reitor, são bons exemplos dos exagerados sentimentais do Ultrarromantismo.

14. (PUC-SP/2008) Na poesia como na prosa do Romantismo, ocorre a idealização da figura do índio, o que se pode observar em alguns dos poemas de Gonçalves Dias ou no romance Iracema, de José de Alencar. Tal idealização atende ao seguinte compromisso desses autores:

A)enaltecimento dos padrões aristocráticos de conduta, comprometidos com os desdobramentos da luta popular pela Independência.
B)exaltação das virtudes naturais dos indígenas, interpretadas num código que as identificava com a coragem e a fidalguia cavalheirescas.
C)culto da simplicidade e da modéstia, vistas como bases morais inspiradoras para o desenvolvimento da vida burguesa.
D)condenação do processo colonial, responsável pela descaracterização da cultura indígena e dos valores populares.
E)valorização do lendário e do folclórico, tomados como inspiradores de uma arte nacional de estilo primitivista.

15. (EAD-UFPI/2009) Assinale a alternativa inteiramente correta acerca de Inocência (1872), romance de (1) ___, que faz parte da movimentação (2) ___ e se passa em um cenário (3)___.

A)(1) Joaquim Manuel de Macedo; (2) realista do Romantismo; (3) urbano, na cidade do Rio de Janeiro, por volta de 1880.
B)(1) José de Alencar; (2) romântica; (3) urbano, no Rio de Janeiro do século XVIII.
C)(1) Bernardo Guimarães; (2) regionalista, durante o Romantismo; (3) idílico, sertanejo, no interior de São Paulo, por volta de 1860.
D)(1) Alfredo D’Escragnolle Taunay; (2) regionalista, durante o Romantismo; (3) idílico, sertanejo, no interior do Mato Grosso, por volta de 1860.
E)(1) Franklin Távora; (2) regionalista, durante o Romantismo; (3) urbano, na cidade do Recife.

16. (AESPI/2006.1) Sobre o romance romântico no Brasil, é INCORRETO afirmar que:

A)Suas características mais marcantes foram a profundidade psicológica e a análise crítica dos costumes da sociedade contemporânea.
B)Correspondeu, em grande parte, ao gosto da burguesia, a classe em ascensão no período, menos afeita às epopéias clássicas.
C)Se desenvolveu frequentemente sob a forma do folhetim, texto publicado nos jornais em capítulos, baseado em enredos de complicação sentimental, aventuras e intenção moralizante.
D)Teve nuances regionalistas, urbanas e passadistas, que, apoiadas no propósito de afirmação da nacionalidade, se exprimiram na exaltação da paisagem e dos costumes brasileiros.
E)Inclui obras como A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, Inocência, de Visconde de Taunay, O Seminarista, de Bernardo Guimarães, e O Guarani, de José de Alencar.

17. (ARL) Trata-se do último grande poeta romântico, e que foi um renovador da lírica brasileira. O erótico passa a ser uma das vertentes de sua poesia onde a mulher e Amor são tratados de forma realista e concreta. Por outro lado, volta-se para o social denunciando a realidade para a nação com versos abolicionistas fortes e linguagem repleta de exclamações e reticências. Estamos falando de:

A)Gonçalves Dias.
B)Álvares de Azevedo.
C)Casimiro de Abreu.
D)Castro Alves.
E)Sousândrade.











sexta-feira, 13 de abril de 2012

Arcadismo - resumo

Principais autores do Arcadismo brasileiro

A) POESIA LÍRICA

1. CLÁUDIO MANUEL DA COSTA (1729 - 1789)

Obras: Obras poéticas (1768), Vila Rica (1839)
·         Poeta de transição.
·         Reconhece e admira os princípios estéticos do Arcadismo, aos quais pretende se filiar,
·         Mas não consegue vencer as fortes influências barrocas e camonianas que marcaram a sua juventude intelectual.
·         Racionalmente um árcade,
·         Emotivamente um barroco

2. TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA (1744-1810)

Obras: Marília de Dirceu (Parte I - 1792; Parte II - 1799; Parte III - 1812), Cartas Chilenas (1845)

Uma das obras líricas mais estimadas e lidas no país, Marília de Dirceu permite duas abordagens igualmente válidas. A primeira mostra-a como o texto árcade por excelência. A segunda aponta para sua dimensão pré-romântica.


·         Pastoralismo
·         Galanteria
·         Clareza
·         Recusa em intensificar a subjetividade
·         Racionalismo neoclássico que transforma a vida num caminho fácil para as almas sossegadas

Eis alguns dos elementos que configuram o Arcadismo nas liras de Tomás Antônio Gonzaga, especialmente as da primeira parte do livro, produzidas ainda em liberdade

Um pastor (que é o poeta) celebra, em tom moderadamente apaixonado, as graças da pastora Marília, que conquistou o seu coração:

Tu, Marília, agora vendo
Do Amor o lindo retrato
Contigo estarás dizendo
Que é este o retrato teu.
Sim, Marília, a cópia é tua,
Que Cupido é Deus suposto:
Se há Cupido, é só teu rosto
Que ele foi quem me venceu.

Percebe-se no poema


·         Enquadramento dos impulsos afetivos dentro do amor galante
·         Longe do passionalismo romântico
·         Expressão sentimental vale-se de alegorias mitológicas
·         Conjunto de frases feitas sobre os encantos da amada, sobre as qualidades do pastor
·         Dirceu e sobre a felicidade do futuro relacionamento entre ambos.
·         Conforme o gosto do período, há um esforço para cantar as qualidades da vida em família, do casamento, das módicas alegrias que sustentam um lar.
·         O Desejo da Vida Comum ("Aurea Mediocritas")

B) POESIA ÉPICA

1. BASÍLIO DA GAMA (1741 -1795)

Obra: O Uraguai

O esforço neoclássico do século XVIII leva alguns autores a sonhar com a possibilidade de um retorno ao sentido épico do mundo antigo.
No entanto, numa era onde as concepções burguesas, o racionalismo e a Ilustração triunfam, o heroísmo guerreiro ou aventureiro parecem irremediavelmente fora de moda. A epopéia ressurge, é verdade, mas quase como farsa.


2. SANTA RITA DURÃO (1722-1784) ou Frei José de Santa Rita Durão


Obra: Caramuru (1781)

Principais características do Arcadismo

No Brasil e em Portugal, a experiência neoclássica na literatura se deu em torno dos modelos do Arcadismo italiano, com a fundação de academias literárias, simulação pastoral, ambiente campestre etc.
Esses ideais de vida simples e natural vêm ao encontro dos anseios de um novo público consumidor em formação, a burguesia, que historicamente lutava pelo poder e denunciava a vida luxuosa da nobreza nas cortes.

O desejo da natureza, a realização da poesia pastoril, a reverência ao bucolismo são traços marcantes da literatura arcádica, disposta a fazer valer a simplicidade perdida no Barroco.


Expressões latinas utilizadas para descrever conceitos árcades:
Fugere urbem (fuga da cidade)
  • Locus amoenus (lugar aprazível, ameno)
  • Aurea Mediocritas (mediocridade áurea - simboliza a valorização das coisas cotidianas focalizadas pela razão)
  • Inutilia truncat (cortar o inútil - eliminar o rebuscamento barroco)
  • Carpe diem (aproveite o dia)
A estética do Arcadismo pode ser resumida nos seguintes tópicos:

1) BUSCA DA SIMPLICIDADE

A fórmula básica do Arcadismo pode ser representada assim:


Verdade = Razão = Simplicidade


2) IMITAÇÃO DA NATUREZA

Ao contrário do Barroco, que é urbano, há no Arcadismo um retorno à ordem natural. Como na literatura clássica, a natureza adquire um sentido de simplicidade, harmonia e verdade. Cultua-se o "homem natural", isto é, o homem que "imita" a natureza em sua ordenação, em sua serenidade, em seu equilíbrio, e condena-se toda ousadia, extravagância, exacerbação das emoções.

O bucolismo (integração serena entre o indivíduo e a paisagem física) torna-se um imperativo social, e os neoclássicos franceses retornam às fontes da antiguidade que definiam a poesia como cópia da natureza.

A literatura pastoril

Esta aproximação com o natural se dá por intermédio de uma literatura de caráter pastoril: o Arcadismo é uma festa campestre, representando a descuidada existência de pastores e pastoras na paz do campo, entre ovelhinhas. Porém, essa literatura pastoril não surge da vivência direta da natureza, ao contrário do que aconteceria com os artistas românticos, no século seguinte. Pode-se dizer que uma distância infinita separa os pastores reais dos "pastores" árcades. E que sua poesia campestre é meramente uma convenção, ou seja, uma espécie de modismo de época a que todo escritor deve se submeter.

Sendo assim, estes campos, estes pastores e estes rebanhos são artificiais como aqueles cenários de papelão pintado que a gente vê no teatrinho infantil. Não devemos, pois, cobrar dos árcades realismo do cenário e sim atentar para os sentimentos e idéias que eles, porventura, expressem.

No exemplo abaixo, de Tomás Antônio Gonzaga, percebemos que o mundo pastoril é apenas um quadro convencional para o poeta refletir sobre o sentido da natureza:

Enquanto pasta alegre o manso gado, / minha bela Marília, nos sentemos / à sombra deste cedro levantado. / Um pouco meditemos / na regular beleza, / Que em tudo quanto vive nos descobre / A sábia natureza.

3) IMITAÇÃO DOS CLÁSSICOS

Processa-se um retorno ao universo de referências clássicas, que é proporcional à reação antibarroca do movimento. O escritor árcade está preocupado em ser simples, racional, inteligível. E para atingir esses requisitos exige-se a imitação dos autores consagrados da Antiguidade, preferencialmente os pastoris.

Como nestes versos de Marília de Dirceu:

Pintam, Marília, os poetas
a um menino vendado,
com uma aljava de setas,
arco empunhado na mão;
ligeiras asas nos ombros,
o terno corpo despido,
e de Amor ou de Cupido

são os nomes que lhe dão.

4) AUSÊNCIA DE SUBJETIVIDADE

A constante e obrigatória utilização de imagens clássicas tradicionais acaba sedimentando uma poesia despersonalizada. O escritor não anda com o próprio eu. Adota uma forma pastoril:


Cláudio Manuel da Costa é Glauceste Satúrnio,
  • Tomás Antônio Gonzaga é Dirceu,
  • Silva Alvarenga é Alcino Palmireno,
  • Basílio da Gama é Termindo Sipílio.
Arcadismo: contexto histórico

No Mundo

Criação da 1ª Arcádia pelos italianos, procurando imitar a lenda grega
Em Portugal

Fundação da Arcádia Lusitana (1756)
No Brasil

Publicação das Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa (1768)
Fundação da Arcádia Ultramarina em Vila Rica

Principais acontecimentos históricos
No mundo

Século XVIII - Século das Luzes
  • Progressivo descrédito das monarquias absolutas;
  • decadência da aristocracia feudal;
  • crescimento do poder da burguesia;
  • Revolução Industrial inglesa;
  • Revolução Francesa.
Pensamento da época

Iluminismo: O uso da razão como meio para satisfazer as necessidades do homem. Os movimentos pela independência do Brasil, como a Inconfidência Mineira, por exemplo, inspiraram-nas nas idéias iluministas.

Laicismo: Estado e igreja devem ser independentes, e as funções do Estado, como a política, a economia, a educação, exercidas por leigos.

Liberalismo: ideologia política que defende os sistemas representativos, os direitos civis e a igualdade de oportunidades para os cidadãos.

* três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário
* Constituição
* Todos estão sob a lei

Empirismo: corrente filosófica que atribui à experiência sensível a origem de todo conhecimento humano.

Em Portugal
D. José no trono na casa do pai João
  • Período Pombal (1750 a 1777)
  • Grandes Reformas na Economia
  • Aumento da exploração na colônia do Brasil
  • Expulsão dos jesuítas do território português
  • A morte de D. José, em 1777, e a queda de Pombal
  • D. Maria, sucessora do trono, tenta resolver os problemas, cada vez maiores, do Erário Real.
  • O dominio Inglês em Portugal cresce, e a dependência econômica de Portugal torna-se incontrolável.
No Brasil
Minas Gerais como centro econômico e político
  • A descoberta do ouro, na região de Minas Gerais, forma cidades ao redor.
  • Vila Rica (atual Ouro Preto) se consolida como espaço cultural desde o Barroco (Aleijadinho)
  • A corrida pelo ouro se intensifica.
  • Influências das arcádias portuguesas nos poetas brasileiros
  • Conflitos com o Império (Inconfidência Mineira)
  • O ciclo da mineração
  • A expulsão dos jesuítas do Brasil - (1759)
  • A Inconfidência Mineira(1789)
A descoberta do ouro na região de Minas Gerais, em fins do século XVII, significa o início de grandes mudanças na sociedade colonial brasileira. A corrida em busca do metal precioso desloca para serras, até então desertas, uma multidão de aventureiros paulistas, baianos e, em seguida, portugueses. A abundância do ouro gera extraordinária riqueza e os primeiros acampamentos de mineiros transformam-se rapidamente em cidades.

O Período de Pombal

Neste momento histórico, D. José assume o reino e nomeia como primeiro-ministro o Marquês de Pombal, que permanecerá no poder de 1750 a 1777. Típico representante do despotismo esclarecido, Pombal inicia uma série de reformas para salvar Portugal da decadência em que mergulhara desde meados do século XVI. O violento terremoto que destrói Lisboa, em 1755, amplia as necessidades financeiras do tesouro luso e os impostos são brutalmente aumentados.

O reformismo de Pombal enfrenta resistências, e ele decide expulsar os jesuítas dos territórios portugueses, no ano de 1758. Também a parcela da nobreza que se opunha a seus projetos é aprisionada e silenciada. Um grande esforço industrial sacode a pasmaceira da Corte. Monopólios comerciais privados e empreendimentos fabris comandam a tentativa de mudança do modelo econômico. O ouro do Brasil funciona como lastro destas reformas.

A Inconfidência Mineira

O crescente endividamento dos proprietários de minas com a Coroa aumenta o desconforto e a repulsa pelo fisco insaciável. Na consciência de muitos ecoa o sucesso da Independência Americana, de 1776. E também a força subversiva das idéias iluministas - expressas em livros que circulam clandestinamente por Vila Rica e outras cidades. Tudo isso termina por estimular membros das elites e alguns representantes populares ao levante de 1789.
Apenas a traição de Joaquim Silvério impedirá que a Inconfidência Mineira chegue a bom termo. Porém, o martírio de Tiradentes e a participação de poetas árcades (ainda que tênue e por vezes equivocada), no esforço revolucionário, transformam a sedição no episódio de maior grandeza do passado colonial brasileiro.


Em resumo:
História colonial muito valorizada
  • Início do nacionalismo
  • Início da luta pela independência - Tomás Antônio Gonzaga ("primeira cabeça da inconfidência" segundo Joaquim Silvério, delator da Inconfidência Mineira)
  • A colônia é colocada como centro das atenções.
O Arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII. O nome dessa escola é uma referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso, na Grécia, tida como ideal de inspiração poética.
No Brasil, o movimento árcade toma forma a partir da segunda metade do século XVIII.
A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo que lhe diz respeito. É por isto que muitos poetas ligados ao arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos (pois o ideal de vida válido era o de uma vida bucólica).
As manifestações artísticas do século XVII (Arcadismo ou Neoclassicismo e Rococó) refletem a ideologia da classe aristocrática em decadência e da alta burguesia, insatisfeitas com o absolutismo real, com a pesada solenidade do Barroco, com as formas sociais de convivência rígidas, artificiais e complicadas.

As mudanças estéticas terão por base uma revolução filosófica: o Iluminismo.

Os criadores do Iluminismo (ou Ilustração) já não aceitam o "direito divino dos reis", tampouco a fé cega nos mandatários da Igreja. Qualquer poder ou privilégio precisa ser submetido a uma análise racional. E agora é a razão (e não mais a crença religiosa) que aparece como sinônimo de verdade.

As novas idéias assentam um golpe definitivo na visão de mundo barroca, baseada mais no sensitivo do que no racional, mais no religioso do que no civil. Por oposição ao século anterior, procura-se, no século XVIII, simplificar a arte. E esta simplificação se dará na pintura, na música, na literatura e na arquitetura pelo domínio da razão, pela imitação dos clássicos, pela aproximação com a natureza e pela valorização das atividades galantes dos freqüentadores dos salões da nobreza européia.


Arcadismo, Setecentismo (os anos 1700) ou Neoclassicismo


O arcadismo, setecentismo (os anos 1700) ou neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do século XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa. A influência neoclássica penetrou em todos os setores da vida artística européia, no século XVIII. Os artistas desse período compreendiam que o Barroco havia ultrapassado os limites do que se considerava arte de qualidade e procuravam recuperar e imitar os padrões artísticos do Renascimento, tomados então como modelo.

Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pan e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.

Os italianos, procurando imitar a lenda grega, criaram a Arcádia em 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural.

Arcadismo em Portugal

O termo Arcadismo é derivado de Arcádia, região da Grécia onde pastoreiros viviam em harmonia com a natureza, gostavam e poesia e eram chefiados pelo deus Pã. Neoclassicismo, palavra que também designa o estilo desta fase literária, é utilizado para explicitar a atitude que os escritores tinham em escrever como os clássicos renascentistas.

Em 1756, aconteceu a fundação da Arcádia Lusitana, tendo como referência a Arcádia Romana e 1690. No contexto histórico, Portugal se integra ao restante da Europa e nas terras lusitanas há uma tentativa e reformar o ensino superior a partir de idéias iluministas; marquês de Pombal expulsa os jesuítas e desvencilha o ensino escolar da Igreja Católica.

Em 1779, é fundada a Academia de Ciências de Lisboa, com o objetivo de atualizar o progresso científico da época. No Arcadismo português a poesia é mais cultivada do que a prosa, o autor mais cultuado nesta fase literária portuguesa é Manuel Maria Barbosa Du Bocage, poeta que nasceu em 1765, em Setúbal, ingressou na Escola na Marinha, mas vivendo numa ida boêmia teve uma vida militar irregular. Em viagem à Índia esteve por algum tempo no Rio de Janeiro, retornando a Portugal em 1790.

Du Bocage alcançou grande sucesso literário em sua fase pré-romântica, revelando o seu inconformismo com o rigor habitual dos autores arcadistas tinham em escrever, Bocage  permitisse emocionar em seus poemas. Cronologicamente, o Arcadismo em Portugal termina em 1825, ano inicial do Romantismo português.

Trecho de um poema de Du Bocage:

Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel das paixões, que me arrastava
Ah! Cego eu cria, ah! Mísero eu sonhava
Em mim, quase imortal, a essência humana!










quinta-feira, 12 de abril de 2012

Barroco - resumo


O tempo barroco denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época.

Mesmo considerando o Barroco o primeiro estilo de época da literatura brasileira e Gregório de Matos o primeiro poeta efetivamente brasileiro, com sentimento nativista manifesto, na realidade ainda não se pode isolar a Colônia da Metrópole. Ou, como afirma Alfredo Bosi: "No Brasil houve ecos do Barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira, Frei Itaparica e as primeiras academias repetiram motivos e formas do barroquismo ibérico e italiano". Além disso, os dois principais autores - Pe. Antônio Vieira e Gregório de Matos - tiveram suas vidas divididas entre Portugal e Brasil. Por essas razões, neste capítulo não separaremos as manifestações barrocas de Portugal e do Brasil.

Em Portugal, o Barroco ou Seiscentismo tem seu início em 1580 com a unificação da Península Ibérica, o que acarretará um forte domínio espanhol em todas as atividades, daí o nome Escola Espanhola, também dado ao Barroco lusitano. O Seiscentismo se estenderá até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, já em pleno governo do Marquês de Pombal, aberto aos novos ares da ideologia liberal burguesa iluminista, que caracterizará a segunda metade do século XVIII.

No Brasil, o Barroco tem seu marco inicial em 1601 com a publicação do poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, que introduz definitivamente o modelo da poesia camoniana em nossa literatura. Estende-se por todo o século XVII e início do século XVIII. O final do Barroco brasileiro só se concretizou em 1768, com a fundação da Arcádia Ultramarina e com a publicação do livro Obras, de Cláudio Manuel da Costa. No entanto, já a partir de 1724, com a fundação da Academia Brasílica dos Esquecidos, o movimento academicista ganhava corpo, assinalando a decadência dos valores defendidos pelo Barroso e a ascensão do movimento árcade.

Momento histórico

Se o início do século XVI, notadamente seus primeiros 25 anos, pode ser considerado o período áureo de Portugal, não é menos verdade que os 25 últimos anos desse mesmo século podem ser considerados o período mais negro de sua história.

O comércio e a expansão do império ultramarino levaram Portugal a conhecer uma grandeza aparente. Ao mesmo tempo que Lisboa era considerada a capital mundial da pimenta, a agricultura lusa era abandonada. As colônias, principalmente o Brasil, não deram a Portugal riquezas imediatas; com a decadência do comércio das especiarias orientais observa-se o declínio da economia portuguesa. Paralelamente, Portugal vive uma crise dinástica: em 1578, levando adiante o sonho megalomaníaco de transformar Portugal novamente num grande império, D. Sebastião desaparece em Alcácer-Quibir, na África; dois anos depois, Filipe II da Espanha consolida a unificação da Península Ibérica - tal situação permaneceria até 1640, quando ocorre a Restauração (Portugal recupera sua autonomia).

A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito do Sebastianismo (crença segundo a qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o Pe. Antônio Vieira, que aproveitou a crença surgida nas "trovas" de um sapateiro chamado Gonçalo Anes Bandarra.

A unificação da Península veio favorecer a luta conduzida pela Companhia de Jesus em nome da Contrarreforma: o ensino passa a ser quase um monopólio dos jesuítas e a censura eclesiástica torna-se um obstáculo a qualquer avanço no campo científico-cultural. Enquanto a Europa conhecia um período de efervescência no campo científico, com as pesquisas e descobertas de Francis Bacon, Galileu, Kepler e Newton, a Península Ibérica era um reduto da cultura medieval.

Com o Concílio de Trento (1545-1563), o Cristianismo se divide. De um lado os estados protestantes (seguidores de Lutero - introdutor da Reforma) que propagavam o "espírito científico", o racionalismo clássico, a liberdade de expressão e pensamento. De outro, os redutos católicos (a Contra-Reforma) que seguiam uma mentalidade mais estreita, marcada pela Inquisição (na verdade uma espécie de censura) e pelo teocentrismo medieval.

É nesse clima que se desenvolve a estética barroca, notadamente nos anos que se seguem ao domínio espanhol, já que a Espanha é o principal foco irradiador do novo estilo.

O quadro brasileiro se completa, no século XVII, com a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em consequência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar.

Características

O estilo barroco nasceu da crise de valores renascentistas ocasionada pelas lutas religiosas e pela crise econômica vivida em consequência da falência do comércio com o Oriente. O homem do Seiscentismo vivia um estado de tensão e desequilíbrio, do qual tentou evadir-se pelo culto exagerado da forma, sobrecarregando a poesia de figuras, como a metáfora, a antítese, a hipérbole e a alegoria.

Todo o rebuscamento que aflora na arte barroca é reflexo do dilema, do conflito entre o terreno e o celestial, o homem e Deus (antropocentrismo e teocentrismo), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo renascentista, o material e o espiritual, que tanto atormenta o homem do século XVII. A arte assume, assim, uma tendência sensualista, caracterizada pela busca do detalhe num exagerado rebuscamento formal.

Podemos notar dois estilos no barroco literário: o Cultismo e o Conceptismo.

·         Cultismo: é caracterizado pela linguagem rebuscada, culta, extravagante (hipérboles), descritiva; pela valorização do pormenor mediante jogos de palavras (ludismo verbal), com visível influência do poeta espanhol Luís de Gôngora; daí o estilo ser também conhecido por Gongorismo. No cultismo valoriza-se o "como dizer".

·         Conceptismo: é marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, racionalista, que utiliza uma retórica aprimorada (arte de bem falar, ou escrever, com o propósito de convencer; oratória). Um dos principais cultores do Conceptismo foi o espanhol Quevedo, de onde deriva o termo Quevedismo. Valoriza-se, neste estilo, "o que dizer".

Na literatura, as características principais são:

·         Culto do contraste: o poeta barroco se sente dividido, confuso. A obra é marcada pelo dualismo: carne X espírito, vida X morte, luz X sombra, racional X místico. Por isso, o emprego de antíteses.

·         Pessimismo: devido a tensão (dualidade), o poeta barroco não tinha nenhuma perspectiva diante da vida.

·         Literatura moralista: a literatura tornou-se um importante instrumento para educar e para "pregar" por parte dos religiosos (padres).




terça-feira, 3 de abril de 2012

Arcadismo - a correção será feita em sala dia 19/04/2012


01. Entre os escritores mais conhecidos do “Grupo Mineiro”, estão:
a)Santa Rida Durão, Cecília Meireles, Tomás Antônio Gonzaga
b)Alvarenga Peixoto, Fernando Sabino, Cláudio Manuel da Costa
c)Basílio da Gama, Paulo Mendes Campos, Alvarenga Peixoto
d)Silva Alvarenga, Mário de Andrade, Menotti del Picchia
e)Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto


02. (ITA) Uma das afirmações abaixo é incorreta. Assinale-a:
a)A morte de Moema,índia que se deixa picar por uma serpente, como prova de fidelidade e amor ao índio Cacambo, é trecho mais conhecido da obra O Uruguai, de Basílio da Gama
b)O poema épico Caramuru, de Santa Rita Durão, tem como assunto o descobrimento da Bahia, levado a efeito por Diogo Álvares Correia, misto de missionários e colonos português
c)A produção literária do Arcadismo brasileiro constitui-se sobretudo de poesia, que pode ser lírico-amorosa, épica e satírica
d)O escritor árcade reaproveita os seres criados pela mitologia greco-romana, deuses e entidades pagãs. Mas esses mesmos deuses convivem com outros seres do mundo cristão
e)O árcade recusa o jogo de palavras e as complicadas construções da linguagem barroca, preferindo a clareza, a ordem lógica na escrita
03. Qual a alternativa que apresenta uma associação errada?
a)Arcadismo / Iluminismo
b)Arcadismo / Racionalismo
c)Arcadismo / Anti-Classicismo
d)Barroco / Contra-Reforma
e)Romantismo / Revolução Industrial


04. Assinale o que não se refere ao Arcadismo:
a)Volta aos princípios clássicos greco-romanos e renascentistas (o belo, o bem, a verdade, a perfeição, a imitação da natureza)
b)Época do Iluminismo (século XVIII) – Racionalismo, clareza, simplicidade
c)Apóia-se em temas clássicos e tem como lema: inutilia truncat (“corta o que é inútil”)
d)Ornamentação estilística, predomínio da ordem inversa, excesso de figuras
e)Pastoralismo, bucolismo suaves idílios campestres


05. Poema satírico sobre os desmando administrativos e morais imputados a Luís da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788:
a)Fábula do Ribeirão do Carmo
b)Caras Chilenas
c)Marília de Dirceu
d)O Uruguai
e)Vila Rica


Nos exercícios 6 e 7, assinale, em cada um, a(s) afirmação(ões) improcedente(s) sobre o Arcadismo. (Podem ocorrer várias em cada exercício).
06.
Quanto à linguagem árcade:
I - prefere a ordem indireta, tal como no latim literário;
II - tornou-se artificial, pedante, inatural;
III - procura o comedimento, a impessoalidade, a objetividade;
IV - manteve as ousadias expressionais do Barroco;
V - promove um retorno às “virtudes clássicas”da clareza, da simplicidade e da harmonia.
a)II, IV,V
b)III,IV
c)II, V
d)I, II, IV
e)I, II, III, IV, V


07. A respeito da época em que surgiu o Arcadismo:
a)os “enciclopedistas”construíram os alicerces filosóficos da Revolução Francesa
b) em O Contrato Social, Rousseau aborda a origem da Autoridade
c)a burguesia conhece, então, acentuado declínio em seu prestígio
d)o adiantamento cientifico é uma das marcas desta época histórica

08. (ITA) Dadas as afirmações:
I - O Uruguai, poema épico que antecipa em várias direções o Romantismo, é motivado por dois propósitos indisfarçáveis: exaltação da política pombalina e antijesuitismo radical.
II - O(A) autor(a) do poema épico Vila Rica, no qual exalta os bandeirantes e narra a história da atual Ouro Preto, desde a sua fundação, cultivou a poesia bucólica, pastoril, na qual menciona a natureza como refúgio.
III - Em Marília de Dirceu, Marília é quase sempre um vocativo; embora tenha a estrutura de um diálogo, a obra é um monólogo – só Gonzaga fala, raciocina; constantemente cai em contradição quanto à sua postura de Spastor e sua realidade de burguês.
Está(ão) Correta(s):
a)I e III
b)I e II
c)II e III
d)I, II e III


09. Indique a alternativa errada:
a)O cultismo correspondeu sobretudo a um jogo formal refinado, com uso abundante de figuras de linguagem e verdadeiras exaltação sensorial na composição das imagens e na elaboração sonora
b)O Arcadismo tendeu à obscuridade, à complicação lingüística e ao ilogismo
c)O arcadismo afirmou-se em oposição ao estilo barroco
d)Cultismo e conceptismo são as duas vertentes literárias do estilo barroco
e)O conceptismo correspondeu a um estilo fundado em “agudezas”ou “sutilezas”de pensamento, com transições bruscas e associações inesperadas entre conceitos


10. Em seu poema épico, tenta conciliar a louvação do Marquês de Pombal e o heroísmo do índio. Afasta-se do modelo de Os Lusíadas e emprega como maravilhoso o fetichismo indígena. São heróis desse poema:
a)Diogo Álvares Correia, Paraguaçu, Moema
b)Diogo Álvares Correia, Paraguaçu, Tanajura
c)Cacambo, Lindóia, Moema
d)Cacambo, Lindóia, Gomes Freira de Andrade
e)n.d.a.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Gramática - exercícios - VERBO

Exercícios

2. Leia algumas manchetes publicadas no jornal O Estado de São Paulo , no dia 20/06/2007.

- "Grêmio, o Imortal, ainda aposta na virada".

- "Que venha logo Cuba, o rival mais forte do handebol".

-"Morro e moda de rua dominam a passarela".

-"Apesar de acordo, greve para metrô".

-"Banco Central diz que aumento das importações permitiu queda de 0,5 ponto nos juros'.

-"Festival em Ouro Preto discute 50 anos de História".

-"Gestão é lider entre os cursos tecnológicos".

a.Grife e copie os verbos das manchetes acima e informe o que eles expressam: ação ou estado.


b.Escreva o infinitivo de cada um dos verbos acima e a que conjugação eles pertencem.


3.Reescreva as frases, mudando os verbos grifados da 1ª pessoa do singular para a 1ª pessoa do plural. Faça as adaptações necessárias.

a) Sinto saudade da infância quando viajo pelo interior.

b) Naquela noite, eu andava pelas ruas à procura de um amigo; estava triste, precisava falar com alguém.

c) Identifiquei os jogadores que foram campeões, mas percebi que me irrito, pois não são brasileiros.

d) Apoio as mudanças por uma sociedade mais justa.

e) Às vezes ando pelo centro e observo os prédios antigos.

f) Percebo que me irrito com o egoísmo de algumas pessoas.

g) Escrevi um e-mail para você e não obtive resposta.


4. Reescreva o trecho a seguir, passando os verbos grifados para a 3ª pessoa do plural. Faça as adaptações necessárias.

O garoto brincava na rua. Jogava futebol com os amigos. O pai não percebeu a ausência do filho. Continuava a discussão com o vizinho sobre o corte da árvore gigante que enfeitava o bairro onde moravam. Mas o garoto sabia que o pai o amava muito.

5. Escreva a que pessoa do discurso se referem as formas verbais abaixo:

a) apagou, engoliu, apanhou, pode, fala -

b) vêm -

c) escutaremos-

d) ouvirmos -

e) começo-

f) tenho-