sexta-feira, 30 de março de 2012

Pesquisas

Para o dia 12 de Abril - Barroco no Brasil e Portugal

Para o dia 13 de Abril - Arcadismo

Cada pesquisa a partir do segundo bimestre valerá  nota de participação.

Não se esqueçam de imprimir as questões de cada escola literária.

Boa semana.

Cleide

Classicismo - resumo


O Renascimento surgido na Itália , no século XV , espalhou-se por toda a Europa já no século seguinte . Isso aconteceu em virtude da rapidez da divulgação cultural , a partir da invenção da Imprensa . O trabalho de recuperação e tradução dos textos antigos , desenvolvido pelos humanistas , contribuiu para a substituição gradativa do ensino religioso pelo ensino laico nas universidades . A cultura deixou de ser exclusividade dos membros da Igreja , atingindo camadas mais amplas da burguesia emergente , que a encarava como um meio de destaque social , substituidor dos títulos de nobreza e do sangue aristocrático que ela não possuía . As descobertas científicas recentes voltavam a privilegiar o racionalismo , indicando uma tendência antropocêntrica que ressaltava ainda mais a distância em que o mundo se encontrava da era medieval .

Convencido e consciente de sua capacidade , o homem , agora , preocupava-se com a sua realidade diária , concreta , humana , terrena e menos com a idéias de morte com a salvação da alma . Evidentemente , isso não significava uma onda de ateísmo declarado , mas uma mudança de se tornar a "medida de tosas as coisas ".

Em Portugal , o Quinhentismo ( Classicismo ) teve início em 1527 , quando do retorno do poeta Sá de Miranda de Itália , onde viverá vários anos para estudos.

Na bagagem , trazia novas técnicas versificatórias , o "dolce stil nuovo ". Além de introduzir no país o decassílabo ( medida nova ) em oposição à redondilha medieval ( 5 ou 7 sílabas ) , que passou a ser chamada de medida velha , trouxe uma nova conceituação artística . Devemos entender , portanto , que Sá de Miranda não trouxe para Portugal apenas um verso de medida diferente , mas um gosto poético mais refinado .

Juntamente com o decassílabo , passaram a ser cultivadas novas formas fixas de poesia , como o soneto ( 2 quartetos e tercetos , com metrificação em decassílabos e rimas em esquemas rigorosos ) , a ode ( poesia de exaltação ) , a écloga ( que tematiza o amor pastoril ) , a elegia ( revelação de sentimentos tristes ) , a epístola ( carta em versos ) . É preciso lembrar que a substituição do verso redondilha ( medida velha ) , característico da Idade Média , pelo decassílabo ( medida nova ) não se deu de forma imediata , pois ambas as medidas conviveram por grande parte do século XVI .

Os acontecimentos marcantes da história portuguesa do século XVI ( a liberdade predominante durante a dinastia de Avis , as grande navegações ) , contribuíram para o considerável desenvolvimento cultural do país . a obra de Gil Vicente já era um exemplo disso , mas ao longo do século a tendência se acentuou ainda mais.

São marcas dessa consolidação: a estruturação de usos da língua portuguesa ; o surgimento ou a reafirmação de autores de produção regular ( como João de Barros , Damião de Góis , Fernão Mendes Pinto nos estudos históricos ; Sá de Miranda , Antônio Ferreira e Luís de Camões no terreno da literatura ) ; o incremento na literatura de autores estrangeiros consagrados ( como Francisco Petrarca , Dante Alighieri e Giovanni Boccaccio ) .

Mas , nesse século , também se deram os fatos que marcaram oficialmente o fim do Classicismo . No ano de 1580 , ocorreu a anexação de Portugal pela Espanha , situação que perduraria por 60 anos . No mesmo ano , a morte do maior autor clássico português , Luís de Camões , encerrava o Classicismo . A partir dessa data , Portugal passará a viver o estilo Barroco , sob a influência espanhola .

O antropocentrismo da sociedade européia descrito acima deságua na identificação com preceitos da cultura greco-latina , que passa a ser valorizada , resgatada , estudada e facilmente assimilada e incorporada a hábitos e tradições e à visão de mundo de artistas e intelectuais europeus . A cultura greco-latina se sobrepõe ao quadro espiritual herdado da idade Média .

CARACTERIZAÇÃO

O caráter básico do classicismo é exatamente a influência do modelo greco-latino . Daí se originou a atitude racionalista , que via a razão como bem supremo a ser atingido e cultivado .

Do racionalismo advêm a busca de equilíbrio , entre forma e inspiração , e a presença da harmonia e da clareza na obra de arte , como conseqüência de uma sociedade crente em si mesma , porque otimista quanto ao presente e futuro do homem .

A herança greco-latina determinou a presença dos deuses do Olimpo ( mitologia grega ) nas obras literárias da época . O respeito e culto à natureza vieram como conseqüência da adoção da teoria aristotélica do homem natural . Belo passou a ser encarado como conceito associado ao Bem ( nobreza de se$6timentos ).

Um componente fundamental foi o universalismo, trazido a partir de dois fatores básicos: uma nova mentalidade científica voltada para a reflexão em torno do lugar do Homem no mundo ( pesquisas de Leonardo da Vinci , Copérnico , Kepler , Giordano Bruno e outros ) e uma preocupação maior com o bem coletivo.

Esses traços identificadores do classicismo renascentista definiram um caráter fundamental: o antropocentrismo. Os arroubos místicos medievais foram momentaneamente afastados .

A expressão artística buscava a linguagem clara , simples , sem excessos , como correspondente do equilíbrio na maneira de encarar o mundo . A expressão dos sentimentos permaneceu , mas estava submetida a uma tentativa de explicação racional , de explanação lógica .

Classicismo
o período clássico a música torna-se mais leve e menos complicada que no barroco. Agora a música revela uma extrema suavidade e beleza com grande equilíbrio e perfeição estética.

No classicismo é a melodia com acompanhamento de acordes que predomina. As frases melódicas são curtas, claras e bem definidas, sentindo-se o princípio, meio e fim de cada uma. Há também uma maior variação em relação à dinâmica das obras musicais, surge o sforzatto, o crescendo e diminuendo. A sonoridade resultante de todas estas características é bastante tonal.

O cravo cai em desuso para dar lugar ao piano que o irá substituir definitivamente. Também a orquestra toma maiores proporções ao mesmo tempo que diversifica os seus instrumentos.

Piano: instrumento de tecla e percussão, com teclado, cordas, caixa de ressonância e martelo (para percutir as cordas).normalmente tem 88 teclas, com uma extensão de 7 ou 8 oitavas.

Desenvolvem-se grandes géneros instrumentais como: a forma sonata, o quarteto de cordas, a sinfonia e o concerto.

Forma sonata

É uma das principais formas musicais usada pelos compositores da época.

A forma sonata tem 3 secções principais intituladas: Exposição, Desenvolvimento e reexposição.

Exposição

Secção em que o compositor expõe as suas ideias musicais ou temas.

Desenvolvimento

Esta secção apresenta material musical novo mas com base nos temas da exposição.

Reexposição

É a repetição da exposição mas com pequenas alterações.

Quarteto de cordas

É um grupo de 4 músicos ou executantes constituído, na maior parte das vezes, por 2 violinos, 1 viola e 1 violoncelo.

Sinfonia

É um termo que teve vários significados ao longo dos séculos, traduzindo-se no classicismo como uma pequena peça instrumental constituída por 3 secções ou andamentos segundo a forma básica: rápido, lento, rápido.

Concerto

É uma execução musical em público com um número consubstancial de músicos num palco.(É diferente de um recital que normalmente tem em palco sensivelmente dois músicos).

Por sua vez a ópera desenvolve-se como sendo o grande género do classicismo, tornando-se cada vez mais popular. A ópera também deixa os temas míticos usados no barroco e usa temas do quotidiano e personagens reais (de carne e osso).

É uma época com bastantes compositores e pessoas ligadas à música. Pode-se dizer mesmo que é a mais produtiva de todos os períodos da história da música.

Viena de Áustria é considerada a cidade do classicismo com maior interesse em termos musicais, sendo o grande centro da vida musical oitocentista. Assim e neste contexto, surge a 1ª Escola de Viena onde se concentraram a maioria dos grandes compositores deste período áureo da música.

1ª Escola de Viena:

Os três grandes compositores de referência desta escola são:

Joseph Haydn

Wolfgang Amadeus Mozart

Ludwing Van Beethoven.

Quatro séculos depois do inicio do trovadorismo, surge em Portugal o classicismo, também chamado de Quinhentismo por ter se manifestado no século XVI, em 1527 (pela data), quando o poeta Sá de Miranda retorna da Itália trazendo as características desse novo estilo.


Contexto histórico do classicismo: renascimento

As grandes navegações fazem com que o homem do inicio do século XVI se sinta orgulhoso e confiante em sua capacidade criativa e em sua força: desafiar os mares, percorrer os oceanos, descobrir novos mundos, produzir saberes, desenvolver as ciências e transformá-las em tecnologia, tudo isso resulta no surgimento de um Homem muito diferente daquele existente na idade media e esse homem volta a ser o centro da sua própria vida (antropocentrismo).

O que esse homem faz de melhor é em prol de si mesmo e isso se reflete também na arte e na literatura que ele produz nessa época. Esse caráter humanista ou antropocêntrico estava esquecido nas “trevas” da idade media, mas já havia existido na antiguidade (na civilização grega, por exemplo) e é porque, no inicio do século XVI, ocorre o ressurgimento ou renascimento do Antropocentrismo, que esse período da historia é chamado de renascimento.

O renascimento é o momento histórico em que o homem produz grande quantidade e qualidade de obras artísticas e literárias; elas perdem o primitivismo e a ingenuidade de obras medievais e ganham um aprimoramento técnico que supera ate as obras da antiguidade: as cores se multiplicam, surge à noção de perspectiva, as formas humanas são concebidas de maneira mais nítida, no caso da arte. O “berço” do renascimento é a Itália.
O tema predominante nas obras artísticas e literárias do renascimento é sempre o homem e tudo que diz respeito a ele.


A literatura produzida no renascimento: o classicismo

À volta do mesmo espírito antropocêntrico da antiguidade faz com que o homem renascentista busque inspiração nos modelos artísticos e literários – nas obras – das antigas civilizações, principalmente nas da Grécia antiga. Assim, as características das obras da antiguidade são trazidas de volta e são também chamadas de idade clássica e as obras produzidas naquela época são igualmente chamadas de clássicas. Como a obra renascentista possui as mesmas características da obra da antiguidade, também ela é chamada de clássica e esse período artístico e literário, de classicismo.

Características do classicismo renascentista:

Antropocentrismo
Presença de elementos da mitologia
Presença de elementos do cristianismo
Preciosismo vocabular
Obediência à versificação
Figuras (em especial de personificação)
Racionalismo (=objetividade)
Universalismo (=generalização)

Características do classicismo:
1- Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade: Homero, Virgílio, Ovídio, etc...
2- Uso da mitologia: Os deuses e as musas, inspiradoras dos clássicos gregos e latinos a parecem também nos clássicos renascentistas: Os Lusíadas: (Vênus) = a deusa do amor; Marte (o deus da guerra), protegem os portugueses em suas conquistas marítimas.
3- Predomínio da razão sobre os sentimentos: A linguagem clássica não é subjetiva nem impregnada de sentimentalismos e de figuras, porque procura coar, através da razão, todas os dados fornecidos pela natureza e, desta forma expressou verdades universais.
4- Uso de uma linguagem sóbria, simples, sem excesso de figuras literárias.
5- Idealismo: O classicismo aborda os homens ideais, libertos de suas necessidades diárias, comuns. Os personagens centrais das epopéias (grandes poemas sobre grandes feitos e heróicos) nos são apresentados como seres superiores, verdadeiros semideuses, sem defeitos. Ex.: Vasco da Gama em os Lusíadas: é um ser dotado de virtudes extraordinárias, incapaz de cometer qualquer erro.
6- Amor Platônico: Os poetas clássicos revivem a idéia de Platão de que o amor deve ser sublime, elevado, espiritual, puro, não-físico.
7- Busca da universalidade e impessoalidade: A obra clássica torna-se a expressão de verdades universais, eternas e despreza o particular, o individual, aquilo que é relativo.


Luis de Camões

Características da poesia de Luis Vaz de Camões

1- Poesia elaborada sobre uma experiência pessoal múltipla.
2- Síntese entre a tradição literária portuguesa e as inovações introduzidas pelos ilalianizozntes do "dolce stil nuevo": redondilhas> inovações formais (decassílabo) Mote glosado > inovações temáticas (amor platônico e seus paradoxos)
A lira de Luis Vaz de Camões
1- Visão da natureza (idal clássico que se caracteriza pela harmonia, ordem e racionalidade (a natureza é um exemplo)).
2- Concepção do amor: (Platonismo: O verdadeiro amor, amor puro, está no mundo das idéias).
3- O desconcerto do mundo (a razão desvenda o mundo sem sentido e sofre).


Classicismo em Portugal

O marco inicial do Classicismo português é em 1527, quando se dá o retorno do escritor Sá de Miranda de uma viagem feita à Itália, de onde trouxe as idéias de renovação literária e as novas formas de composição poética, como o soneto. O período encerra em 1580, ano da morte de Luís Vaz de Camões e do domínio espanhol sobre Portugal.

Características do Classicismo

Imitação dos gregos e latinos Ao redescobrirem os valores do ser humano, abafados pela Igreja durante a Idade Média, os artistas deste período voltam-se para a Antiguidade. O próprio nome desse estilo de época –Classicismo – tem sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos estudados nas escolas. Na Idade Média, esses textos eram reproduzidos nos conventos e difundidos entre os estudiosos, mas passavam por uma censura religiosa, que só mantinha os aspectos que não feriam a moral cristã. Com o Renascimento, houve um retorno a esses textos, mas em sua versão original, completa.

Foi da Arte Poética de Aristóteles que os artistas do Classicismo retiraram o conceito de imitação ou mímesis. Segundo Aristóteles, a poesia devia imitar a perfeição da natureza ou da sociedade ideal, além de retomar idéias de outros poetas, reconhecidamente importantes por sua obra. Não se trata de copiar outros autores, e sim de assemelhar-se à sua obra. Petrarca comparava esta semelhança à que existe entre pai e filho: é inegável que se pareçam, mas o filho tem suas características próprias, que o individualizam. O mesmo aconteceria à obra literária: seria semelhante à de Virgílio, Horácio e outros autores da Antiguidade, usando o que eles tivessem de melhor, mas conservando seus traços próprios.

O universalismo Para os clássicos, a obra de arte prende-se a uma realidade idealizada; uma concepção artística transcendente, baseada no Bem, no Belo, no Verdadeiro – valores passíveis de imitação. A função do artista é a de criar a realidade circundante naquilo que ela tem de universal.
O racionalismo Os autores clássicos submetem suas emoções ao controle da razão. Ao abandonar o teocentrismo, o homem deste período afasta os temores da Idade Média e passa a crer em suas potencialidades, incluindo nelas a habilidade de raciocinar. A cultura clássica é uma cultura da racionalidade.

A perfeição formal Preocupados com o equilíbrio e a harmonia de seus textos, os autores clássicos adotam a chamada medida nova para os poemas: versos decassílabos e uso freqüente de sonetos (anteriormente, usava-se medida velha: redondilhas).
Elitismo Os clássicos evitam a vulgaridade. O Classicismo tende à realização de uma arte de elite, o que reflete a organização social da época (a aristocracia era a classe dominante).

A concepção clássica foi introduzida em Portugal por Sá de Miranda, ao regressar da Itália, onde conheceu novos conceitos de arte e novas formas poéticas. Uso da mitologia Voltados para os valores da Antiguidade, os autores clássicos utilizam-se, com freqüência, de cenas mitológicas, as quais simbolizam com propriedade as emoções que o autor quer exteriorizar. Assim, a imagem do Cupido, por exemplo, simboliza o amor.

Classicismo Literário

Os escritores classicistas retomaram a idéia de que a arte deve fundamentar-se na razão, que controla a expressão das emoções. Por isso, buscavam o equilíbrio entre os sentimentos e a razão, procurando assim alcançar uma representação universal da realidade, desprezando o que fosse puramente ocasional ou particular.



Os versos deixam de ser escritos em redondilhas (cinco ou sete sílabas poéticas) – que passa a ser chamada medida velha – e passam a ser escritos em decassílabos (dez sílabas poéticas) – que recebeu a denominação de medida nova.

Introduz-se o soneto, 14 versos decassilábicos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos.

Luís de Camões (1525?-1580): poeta soldado

Escritor de dados biográficos muito obscuros, Camões é o maior autor do período. Sabe-se que, em 1547, embarcou como soldado para a África, onde, em combate, perdeu o olho direito.
Em 1553, voltou a embarcar, dessa vez para as Índias, onde participou de várias expedições militares.
Em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema épico que celebrava os recentes feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
A obra fez tanto sucesso que o escritor recebeu do rei D. Sebastião uma pensão anual – que mesmo assim não o livrou da extrema pobreza que vivia.
Camões morreu no dia 10 de junho de 1580.

A Poesia Épica de Camões

Como tema para o seu poema épico, Luís de Camões escolheu a história de Portugal, intenção explicitada no título do poema: Os lusíadas.

O cerne da ação desenvolve-se em torno da viagem de Vasco da Gama às Índias.A palavra “lusíada” é um neologismo inventado por André de Resende para designar os portugueses como descendentes de Luso (filho ou companheiro do deus Baco).

A EstruturaOs lusíadas apresenta 1102 estrofes, todas em oitava-rima (esquema ABABABCC), organizadas em dez cantos.

Divisão dos Cantos1ª parte:
Introdução: Estende-se pelas 18 estrofes do Canto I e subdivide-se em:
Proposição: é a apresentação do poema, com a identificação do tema e do herói (constituem as três primeiras estrofes do canto I).
Invocação: o poeta invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, pedindo a elas inspiração para fazer o poema.
Dedicatória: o poeta dedica o poema a D. Sebastião, rei de Portugal.

2ª parte: Narração
Na narração (da estrofe 19 do Canto I até a estrofe 144 do Canto X), o poeta relata a viagem propriamente dita dos portugueses ao Oriente.

3ª parte: Epílogo
É a conclusão do poema (estrofes 145 a 156 do Canto X), em que o poeta pede às musas que o inspiraram que calem a voz de sua lira, pois está desiludido com uma pátria que já não merece as glórias do seu canto.

O herói
Como o título indica, o herói desta epopeia é coletivo, os Lusíadas, ou os filhos de Luso, os portugueses.

Episódio O Velho da praia do Restelo

Um dos episódios mais célebres da obra: o Velho do Restelo (canto IV, estrofes 94-104). O sentido do discurso atribuído ao Velho é bastante claro; não obstante, o episódio coloca alguns problemas quanto ao pensamento do poeta relativamente à questão tratada.
Os navios portugueses estão prestes a largar; esposas, filhos, mães, pais e amigos dos marinheiros apinham-se na praia (do Restelo) para dar seu adeus, envolto em muitas lágrimas e lamentos, àqueles que partiam para perigos inimagináveis e talvez para não mais voltar.

No meio desse ambiente emocionado, destaca-se a figura imponente de um velho que, com sua "voz pesada", ouvida até nos navios, faz um discurso veemente, condenando aquela aventura insana, impelida, segundo ele, pela cobiça -o desejo de riquezas, poder, fama. Diz o velho que, para ir  enfrentar desnecessariamente perigos desconhecidos, os portugueses abandonavam os perigos urgentes de seu país, ainda ameaçado pelos mouros e no qual já se instalava a desorganização social que decorreu das grandes navegações.
Segundo parece, o velho representa a opinião conservadora (alguns diriam "reacionária") da época -opinião da aldeia, do torrão natal, da vida segura, mas não heróica.

O discurso do Velho contém uma condenação enfática da guerra, de acordo com o ponto de vista do Humanismo, que era antibelicista. Mas o Velho, como Camões, abre exceção (sob a forma de concessão) para a guerra na África (lembremos que o poeta, no início e no fim do poema, recomenda enfaticamente a D. Sebastião que embarque nessa aventura). Sabemos que havia, na época, uma corrente de opinião em Portugal que condenava a política ultramarina do país, direcionada desde D. João 3º em favor da Índia, com o abandono das conquistas africanas.

O episódio de Inês de Castro

Dona Inês, da importantíssima família castelhana Castro, veio a Portugal como dama de companhia da princesa Constança, noiva de D. Pedro, herdeiro do rei D. Afonso 4º. O príncipe apaixonou-se loucamente pela moça, de quem teve filhos ainda em vida da princesa, sua esposa. Com a morte desta, em 1435, ter-se-ia casado clandestinamente com Inês, segundo o que ele mesmo declarou tempos depois, quando já se tornara rei. Talvez tal declaração, embora solene, fosse falsa; é fato, porém, que o príncipe rejeitou diversos casamentos, politicamente convenientes, que lhe foram propostos depois que ficou viúvo.
A ligação entre o príncipe e sua amante não foi bem vista pelo rei, que temia fosse seu filho envolvido em manobras pró-Castela da família de Pérez de Castro, pai de Inês. (Aqui é preciso lembrar que o conflito entre Portugal e Castela, ou seja, a Espanha, remonta à fundação de Portugal, que nasceu de um desmembramento do território castelhano e que Castela sempre almejou reintegrar a si.) Em conseqüência, o rei, estimulado por seus conselheiros, decidiu-se pelo assassinato de Inês, que foi degolada quando o príncipe se achava caçando fora de Coimbra, onde vivia o casal. O crime motivou um longo conflito entre o príncipe e o pai. Depois que se tornou rei, D. Pedro ordenou a exumação (desenterramento) do cadáver, para que Inês fosse coroada como rainha.

O episódio do Gigante Adamastor

Cinco dias depois da paragem na Baía de Santa Helena, chega Vasco da Gama ao Cabo das Tormentas e é surpreendido por uma nuvem negra “tão temerosa e carregada” que pôs nos corações dos portugueses um grande “medo” e leva Vasco da Gama a evocar o próprio Deus todo poderoso.
Foi o aparecimento do Gigante Adamastor, uma figura mitológica criada por Camões para significar todos os perigos, as tempestades, os naufrágios e “perdições de toda sorte” que os portugueses tiveram de enfrentar e transpor nas suas viagens.

Esta aparição do Gigante é caracterizada directa e fisicamente com uma adjectivação abundante e é conotada a imponência da figura e o terror e estupefacção de Vasco da Gama, e seus companheiros, que o leva a interrogar o Gigante quanto à sua figura, perguntando-lhe simplesmente “Quem és tu?”.
Mas mesmo os gigantes têm os seus pontos fracos. Este que o Gama enfrenta é também uma vítima do amor não correspondido, e a questão de Gama leva o gigante a contar a sua história sobre o amor não correspondido.

Apaixona-se pela bela Tétis que o rejeita pela “grandeza feia do seu gesto”. Decide então, “tomá-la por armas” e revela o seu segredo a Dóris, mãe de Tétis, que serve de intermediária. A resposta de Tétis é ambígua, mas ele acredita na sua boa fé.
Acaba por ser enganado. Quando na noite prometida julgava apertar o seu lindo corpo e beijar os seus “olhos belos, as faces e os cabelos”, acha-se abraçado “cum duro monte de áspero mato e de espessura brava, junto de um penedo, outro penedo”.
Foi rodeado pela sua amada Tétis, o mar, sem lhe poder tocar.

Camões Lírico

Camões escreveu versos tanto na medida velha ( cinco ou sete sílabas métrcas) quanto na medida nova ( dez sílabas métricas).

Seus poemas heptassílabos ( sete sílabas métricas) geralmente são compostos por um mote e uma ou mais estrofes que constituíam glosas (ou voltas a ele).

Os sonetos, porém, são a parte mais conhecida da lírica camoniana. Com estrutura tipicamente silogística, normalmente apresentam duas premissas e uma conclusão, que costuma ser revelada no último terceto, fechando, assim, o raciocínio.

Camões demonstra, em seus sonetos, uma luta constante entre o amor material, manifestação da carnalidade e do desejo, e o amor idealizado, puro, espiritualizado, capaz de conduzir o homem à realização plena.

Nessa perspectiva, o poeta concilia o amor como idéia e o amor como forma, tendo a mulher como exemplo de perfeição, ansiando pelo amor em sua integridade e universalidade.

Outros Autores

Francisco de Sá de Miranda (1481-1558). Escreveu poemas na medida nova e na medida velha. Escreveu, ainda, a tragédia Cleópatra, as comédias Os Estrangeiros e Vilhalpandos.
Antônio Ferreira (1528-1569). Discípulo de Sá de Miranda, escreveu Poemas Lusitanos, Castro, Bristo e Cioso.João de Barros (1496?-1570), autor de As décadas da Ásia.







quinta-feira, 29 de março de 2012

Humanismo - resumo


HUMANISMO.

o ser humano aos poucos deixa a visão teocentrica e passa a valorizar a sua capacidade intelectual e artistica e autor de descobertas cientifica, inicia-se o registro dos episodios em portugal.

Contexto historico>.

Europa Medieval - poder e riquezas clero e nobreza

os textos escritos eram mantidos no poder da igreja  nas bibliotecas e mosteiros e impediam a divulgação do saber.

isso é corrompido no Humanismo.

humanismo-ciencias aliaram teorias as praticas aprimorando as condições para a expansão de fronteiras do mundo conhecido, essa expansão leva ao contato com outros povos.impulsionando as atividades comercias e o surgimento de cidades.expansão marítima.

Produção literária:

prosa: cronica historica - Fernão Lopes

poesia : passou a ser recitada e perdeu o acompanhamento musical.

teatro:  Gil Vicente

A crônica histórica:

Os cronistas eram encarregados de organizar os documentos e narrativas da história do reino em ordem cronológica.

Fernão Lopes foi nomeado o guarda mor da Torre do Tombo, ele tinha a função de analisar e preservar os documentos da história de Portugal eles eram guardados na torre, além de pesquisador ele foi um escritor cuidadoso e criativo por isso a crônica histórica aproxima-se de um texto literário.

O teatro:

Gil Vicente- 1465-1466 1536-1540?

Trabalhou no palácio real, responsável pelo peso do ouro e dos materiais preciosos do reino, escreveu várias peças, posteriormente publicadas pelo seu filho Luis vicente.

Ele pretende mostrar a autêntica vida cristã, arriscando-se a padecer no inferno.

Autos : assuntos ligados a fé (anjos, santos, profetas, Lúcifer,Satanás,etc, Maria, José, Cristo,etc)

Farsas: criticam em tom de sátira, os costumes de seu tempo.(o padre ganancioso, nobre falido)

Trilogia das barcas:

Auto da barca do inferno( 2 personagens anjo e diabo) eles são barqueiros encarregados de conduzir as almas após a morte.(o fidalgo, o frade com sua amante, o juiz, o corregedor etc. Todos são levados ao anjo e rejeitados um a um, apenas o Parvo(bobo individuo sem pecado) e o quatro cavaleiros da cruzada podem entrar na barca e ir para o paraíso.

 auto da barca do purgatório, auto da barca da glória.

Farsa de Inês Pereira

Algumas pessoas da corte duvidavam de sua criatividade por isso ele pediu uma frase ou um proverbio para criar uma peça.

“Mais quero um asno que me leve que cavalo que me derrube” com base nisso criou a personagem Ines e trama sobre seus dois casamentos.

Ines jovem sonhadora que para livrar-se das tarefas domesticas impostas pela mãe quer casar-se com um jovem bem falante.

Lianor Vaz amiga de sua mãe indica Pero Marques, rico, mas simplório. Inês o rejeita. Ela já tinha falado com os judeus casamenteiros e eles indicaram ;

Bras da Mata: boa situação financeira, bem falante, mas logo que se casa o homem começa a maltratada, seu sofrimento dura pouco porque ao fugir de uma batalha ele morre.

A viuva decide-se casar com Pero Marques este a trata com carinho e faz todas as suas vontades.

Ela decide visitar um ermitão que foi seu namorado no passado o marido vai acompanha-la e ao passar por um riacho inês pede para ser carregada e prontamente o marido a atende. “mais vale um asno que me carregue que um cavalo que me derrube.”

AUTO DA LUSITANIA

Uma de suas ultimas peças personagem principal o cavaleiro de Portugal e a jovem Lusitania, sua noiva. Na multidão que foi assistir ao casamento, encontram-se os dois diabos Belzebu e Dinato.






Trovadorismo - resumo


Trovadorismo - sec XII -XIX

era medieval - Portugal

Cantigas lirico-amorosas e satíricas

Cancioneiro da Ajuda da Vaticana e da biblioteca nacional

As cantigas ou trovas deram nome ao primeiro período da literatura portuguesa, trovadorismo.

trovas - eram os poemas musicados compostos pelos trovadores eram apresentados em castelos e vilas da idade media, acompanhados por instrumentos musicais.

trovador - era sempre da nobreza, ela sabia cantar, compor e tocar lira, alaúde, flauta.

jogral - era da camada popular, cantava e sabia compor mas a sua posição social era inferior a do trovador.

menestrel - era um musico que se apresentava nas cortes e nas festas populares.

marco inicial do Trovadorismo - cantiga a Ribeirinha (1189 ou 1198) composta em galego-portugues.

Contexto historico

o reino de portugal sob liderança de D.Afonso Henriques.

poder economico - feudalismo -

hierarquia - nobreza e clero - servos trabalhavam na agricultura

todos os moradores pagavam do feudo eram vassalos e pagavam pesados tributos ao senhor feudal.

a igreja exigia obediencia as suas normas e determinações e impôs a visão teocêntrica (ver o mundo como a vontade de Deus, ele é o centro de tudo e criador do homem como cópia imperfeita e por isso deve submissão para alcançar a vida eterna) 

produção literária:

cantigas (porque os ritmos e as melodias dos versos facilitavam a memorização)

novelas de cavalaria:trata-se de relatos vivido por individuos corajososos, herois e leais.

A demanda do Santo Graal e Amadis de Gaula.

na idade média houve tres ciclos - o ciclo clássico (sobre herois da antiguidade grego-latina

o ciclo arturiano ou bretão - corte do rei Artur

A POESIA LÍRICA:Cantigas de Amor –

o eu-lírico masculino,que se declara a mulher amada, tratando a de "mia dona" oum "mia-senhor", fala do triste lamento de uma declaração de amor não correspondida, o trovador mantem em sigilo o nome da dama porque ela pertence a uma classe social diferente da dele e ela é casada.

lendo hoje uma cantiga de amor ela pode parecer monótona e repetitiva, mas naquele tempo ela era associada a uma música.

estrutura:

As estrofes têm o mesmo número de versos (2 a 5).

muitas vezes estribilho ou refrão(repetição de um ou dois versos no final de cada estrofe)

a métrica e o ritmo são bem marcados os versos terminam em rimas.

nem sempre é possível identificar os recursos poéticos das cantigas, devido as diferenças entre a lingua portuguesa da época e de hoje.

Cantiga de amigo

passa-se no ambiente popular, retrata a vida do povo.

e eu-lirico feminino, o trovador assume a voz de uma mulher que sente falta de um amigo, que normalmente partiu para a guerra ou expedição, em outras mostra a expectativa da volta do amado(conversa entre mãe e amigas), dialogo com elementos da natureza,comoa as ondas, flores e pinheiros.

Estrutura

e a mesma da cantiga de amor, acrescentado o paralelismo (repetições de palavras ou expressões em versos seguintes.

POESIA SATÍRICA

Podia ser escrita em prosa ou verso

A fim de provar risos a custa dos outros o poeta critica o comportamento dos individuos de todas as classes sociais.Usavam  linguagem  baixo com palavrões e gírias e palavras e expressoes de duplo sentido.

Maldizer – refere-se a fatos ou ações comprometedoras e com vocabulario obsceno, aponta diretamente o nome da pessoa que inspirou a sátira, a corrupcão e o adulterio são assuntos presentes nesse tipo de cantiga.

Escarnio – ela é leve, não diz o nome da pessoa critica a ganancia, o exibicionismo ou a ingenuo.

Trovadorismo - sec XII -XIX

era medieval - Portugal

Cantigas lirico-amorosas e satíricas

Cancioneiro da Ajuda da Vaticana e da biblioteca nacional

As cantigas ou trovas deram nome ao primeiro período da literatura portuguesa, trovadorismo.

trovas - eram os poemas musicados compostos pelos trovadores eram apresentados em castelos e vilas da idade media, acompanhados por instrumentos musicais.

trovador - era sempre da nobreza, ela sabia cantar, compor e tocar lira, alaúde, flauta.

jogral - era da camada popular, cantava e sabia compor mas a sua posição social era inferior a do trovador.

menestrel - era um musico que se apresentava nas cortes e nas festas populares.

marco inicial do Trovadorismo - cantiga a Ribeirinha (1189 ou 1198) composta em galego-portugues.

Contexto historico

o reino de portugal sob liderança de D.Afonso Henriques.

poder economico - feudalismo -

hierarquia - nobreza e clero - servos trabalhavam na agricultura

todos os moradores pagavam do feudo eram vassalos e pagavam pesados tributos ao senhor feudal.

a igreja exigia obediencia as suas normas e determinações e impôs a visão teocêntrica (ver o mundo como a vontade de Deus, ele é o centro de tudo e criador do homem como cópia imperfeita e por isso deve submissão para alcançar a vida eterna) 

produção literária:

cantigas (porque os ritmos e as melodias dos versos facilitavam a memorização)

novelas de cavalaria:trata-se de relatos vivido por individuos corajososos, herois e leais.

A demanda do Santo Graal e Amadis de Gaula.

na idade média houve tres ciclos - o ciclo clássico (sobre herois da antiguidade grego-latina

o ciclo arturiano ou bretão - corte do rei Artur

A POESIA LÍRICA:Cantigas de Amor –

o eu-lírico masculino,que se declara a mulher amada, tratando a de "mia dona" oum "mia-senhor", fala do triste lamento de uma declaração de amor não correspondida, o trovador mantem em sigilo o nome da dama porque ela pertence a uma classe social diferente da dele e ela é casada.

lendo hoje uma cantiga de amor ela pode parecer monótona e repetitiva, mas naquele tempo ela era associada a uma música.

estrutura:

As estrofes têm o mesmo número de versos (2 a 5).

muitas vezes estribilho ou refrão(repetição de um ou dois versos no final de cada estrofe)

a métrica e o ritmo são bem marcados os versos terminam em rimas.

nem sempre é possível identificar os recursos poéticos das cantigas, devido as diferenças entre a lingua portuguesa da época e de hoje.

Cantiga de amigo

passa-se no ambiente popular, retrata a vida do povo.

e eu-lirico feminino, o trovador assume a voz de uma mulher que sente falta de um amigo, que normalmente partiu para a guerra ou expedição, em outras mostra a expectativa da volta do amado(conversa entre mãe e amigas), dialogo com elementos da natureza,comoa as ondas, flores e pinheiros.

Estrutura

e a mesma da cantiga de amor, acrescentado o paralelismo (repetições de palavras ou expressões em versos seguintes.

POESIA SATÍRICA

Podia ser escrita em prosa ou verso

A fim de provar risos a custa dos outros o poeta critica o comportamento dos individuos de todas as classes sociais.Usavam  linguagem  baixo com palavrões e gírias e palavras e expressoes de duplo sentido.

Maldizer – refere-se a fatos ou ações comprometedoras e com vocabulario obsceno, aponta diretamente o nome da pessoa que inspirou a sátira, a corrupcão e o adulterio são assuntos presentes nesse tipo de cantiga.

Escarnio – ela é leve, não diz o nome da pessoa critica a ganancia, o exibicionismo ou a ingenuo.

quarta-feira, 28 de março de 2012

questões sobre o Barroco para o dia 12 de abril


BARROCOTop of Form 1

01. (SANTA CASA) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir uma atitude que:
a)desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza
b)quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura
c)descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião
d)se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos
e)se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus

02. A respeito de Gregório de Matos, assinale a alternativa, incorreta:
a)Na poesia sacra, o homem não busca o perdão de Deus; não existe o sentimento de culpa, ignorando-se a busca do perdão divino
b)Alguns de seus sonetos sacros e líricos transpõem, com brilho, esquemas de Gôngora e de Quevedo
c)As suas farpas dirigiam-se de preferência contra os fidalgos caramurus
d)A melhor produção literária do autor é constituída de poesias líricas, em que desenvolve temas constantes da estática barroca, como a transitoriedade da vida e das coisas
e)Alma maligna, caráter rancoroso,relaxado por temperamento e costumes, verte fel em todas as suas sátiras

03. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos:
a)Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as idéias da ilustração francesa
b) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX
c)Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas
d)Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época
e)Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talento não se restringia ao lirismo amoroso

Texto para as questões 04 a 06
À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em continuas tristezas a alegrias,

Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto, da pena assim se fia?

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria, sinta-se triste.
Começa o Mundo enfim pela ignorância
A firmeza somente na inconstância.

04.
A idéia central do texto é:
a)a duração efêmera de todas as realidades do mundo
b)a falsidade das aparências
c)a grandeza de Deus e a pequenez humana
d)a duração prolongada do sofrimento
e)os contrastes da vida

05. Qual é o elemento barroco mais característico da 1ª estrofe?
a)estrutura bimembre
b)estrutura correlativa, disseminativa e recoletiva
c)disposição antitética da frase
d)concepção teocênctrica
e)cultismo

06. No texto predominaram as imagens:
a)táteis
b)olfativas
c)auditivas
d)visuais
e)gustativas

07. (UNIV. CAXIAS DO SUL) Escolha a alternativa que completa de forma correta a frase abaixo:
A linguagem ______, o paradoxo, ________ e o registro das impressões sensoriais são recursos lingüísticos presentes na poesia ________.
a)subjetiva o verso livre romântica
b)rebuscada a antítese barroca
c)detalhada o subjetivismo simbolista
d)simples a antítese parnasiana

08. (VUNESP)
Ardor em firme coração nascido;
pranto por belos olhos derramado;
incêndio em mares de água disfarçado;
rio de neve em fogo convertido:

tu, que em um peito abrasas escondido;
tu, que em um rosto corres desatado;
quando fogo, em cristais aprisionado;
quando crista, em chamas derretido.

Se és fogo, como passas brandamente,
se és fogo, como queimas com porfia?
Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania,
como quis que aqui fosse a neve ardente,
permitiu parecesse a chama fria.
O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta quais características:
a)Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo
b)Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo
c)Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta
d)Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida

09. (MACKENZIE-SP) Assinale a alternativa incorreta:
a)A literatura seiscentista reflete um dualismo:o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, o pecado e o perdão
b)O Barroco apresenta estados de alma expressos através de antíteses, paradoxos, interrogações
c)O conceptismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, enquanto o cultismo é marcado pelo jogo de idéias, seguindo um raciocínio lógico, racionalista
d)A literatura informativa do Quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um levantamento da terra, daí ser predominantemente descritiva
e)Na obra de José de Anchieta, encontram-se poesias que seguem a tradição medieval e textos para teatro com clara intenção catequista

10. Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto:
a)O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, tendo em mira seu aprimoramento, com base na cultura greco-latina
b)O Barroco apresenta, como característica marcante, o espírito de tensão, conflito entre tendências opostas: de um lado, o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo renascentista
c)O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, alma e corpo, morte e vida
d)A arte barroca é vinculada à Contra-Reforma
e)O barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de hipérbole e de metáforas